Estudar é cuidar também da memória, pois envolve leitura e ler é o melhor exercício para o cérebro que em milissegundos faz um inventário de palavras, imagens e conceitos. Especialistas costumam dizer que não tem outra atividade intelectual tão intensa como a leitura, que exige velocidade e pesquisa de tantos acervos de memória de diferentes tipos. Dados do IBGE assinalam que em 2010 haviam 19,28 milhões de brasileiros acima dos 60 anos. Há 20 anos, não chegavam a 10 milhões. Com o crescente número de pessoas em processo de envelhecimento da população brasileira, cada vez mais. A psicanalista Marta Pires Relvas, da Sociedade Brasileira de Neurociência afirma que estudar eleva a autoestima, previne doenças e melhora a depressão. Segundo ela, a motivação ativa o sistema límbico do cérebro, região que está ligada às emoções e ao prazer. A ação produz substâncias como oxitocina e serotonina, que estimulam a capacidade cognitiva de pensar e de memorizar. Quanto mais se aprende, maior o número de conexões neurais que se formam. “O cérebro aprende o tempo todo. No início, há uma dificuldade normal. Mas quando o idoso descobre que é capaz, ninguém segura. São os mais dedicados”, esclarece a psicanalista.